Há espaços que nascem do encontro, e o NEPC é um desses lugares. Um espaço vivo, pulsante, que surge do desejo de pensar a psicanálise em diálogo com o tempo presente, com as inquietações da clínica e com as transformações do mundo contemporâneo.
O Núcleo de Estudos em Psicanálise, Práxis Clínica e Contemporaneidade (NEPC) nasce vinculado à Escola de Psicanálise de Curitiba (EPC), integrando o movimento contínuo de transmissão que sustenta a Escola. Seu propósito é ampliar o campo da escuta, promover reflexões profundas e abrir caminhos para a criação de novos sentidos sobre o fazer clínico e a vida cotidiana.
Mais do que um espaço de estudo, o NEPC é um território de travessia, um lugar de pensamento, de troca, de elaboração e de experiência. É onde a psicanálise encontra a arte, a filosofia, a antropologia e a cultura para pensar o sujeito contemporâneo em suas formas de sofrimento, solidão, desejo e laço.
A proposta metodológica do NEPC é dinâmica e criativa. O percurso formativo acontece a partir da leitura compartilhada de textos, debates, encontros quinzenais e produções coletivas, sempre guiados pela escuta e pelo rigor ético que marcam o trabalho da EPC. Cada encontro é um convite à reflexão e à invenção, um espaço em que o pensamento se constrói no diálogo e a teoria se encontra com a experiência.
A coordenação é das psicanalistas Carina Camacho e Valéria Maria de Oliveira, que conduzem o núcleo com sensibilidade e rigor, promovendo um ambiente que une estudo, afeto e pertencimento. O NEPC se dirige a psicanalistas, estudantes, professores, artistas e pesquisadores que desejam mergulhar em temas que atravessam a clínica e a contemporaneidade.
Dentre as primeiras ações, teremos o grupo de estudos. No primeiro semestre de 2026 o tema será “Do mal-estar à reinvenção da intimidade: implicações na vida cotidiana”, a partir das obras Mal-estar na civilização (Freud) e Reinvenção da Intimidade (Christian Dunker). A escolha reflete o desejo de compreender o sofrimento moderno em suas novas expressões: o isolamento, o individualismo, as formas de vínculo e as políticas do afeto.
Participar do NEPC é experimentar o pensamento em movimento. É reconhecer que a psicanálise, para seguir viva, precisa ser constantemente atravessada pela escuta do presente, pelos tensionamentos do mundo e pelas perguntas que insistem em escapar das respostas prontas.
Assim, o NEPC reafirma o compromisso da EPC com uma transmissão que une ética, rigor e presença, pilares que sustentam cada projeto da Escola.
Porque estudar psicanálise é, antes de tudo, viver o pensamento em sua forma mais humana: aberta, interrogativa e transformadora.
